O Que é Preciso Para Se Perdoar

Muitas pessoas ainda não compreenderam a fundo a importância e necessidade que todos nós temos de encontrarmos o auto perdão. Isso é devido a uma identificação profunda apenas com a pessoa que é nesta existência e da falta de, ou digamos da não conscientização real de que somos o resultado de todas as nossas existências. É nesse sentido que devemos encontrar o auto perdão. Em outras palavras, a pessoa pensa “sou uma boa pessoa, sempre fui, não tenho do que me perdoar”. Ou ainda pensa ainda que “já pagou pelos erros cometidos”, ou ainda que já se perdoou pelos erros cometidos.

Mas sabe se lá quantas vidas já tivemos, quantas existências e principalmente, quantos erros e carmas nós produzimos. Diversas linhas orientais acreditam que muitos dos sofrimentos que passamos e que são “sem explicação”, tem causas em erros cometidos em vidas passadas. Isso faz muito sentido se você conhece um pouco sobre a roda de samsara e de que tivemos diversas existências diferentes, com papéis diferentes, vivências, experiências, situações distintas. Muito provavelmente já vivenciamos diversos papéis na sociedade, já tivemos diferentes cores, raças, credos. Já fomos simpáticos e antipáticos, humildes e arrogantes, medrosos e destemidos, admirados e rejeitados, apaziguadores e guerreadores. Fomos homens e mulheres, pais, mães, irmãos, avós, bisavós, etc.

Porém o ponto principal é que ao longo de tantas experiências, também cometemos muitos erros. Imagine a consciência coletiva há 100 anos atrás, 200 anos atrás, 500 anos atrás, 1000 anos atrás… já fomos bárbaros e possivelmente cometemos atrocidades. Já participamos de eventos torcendo para gladiadores lutarem até a morte. Talvez tenhamos cometido diversos crimes, ou tenhamos tido atitudes que eram aceitáveis na época mas hoje se compreende terem sido lamentáveis capítulos da história humana, tais como a inquisição, as guerras, a quase dizimação dos povos indígenas e a escravidão. Mas a mente humana dos dias de hoje, muitas vezes só consegue pensar que é uma boa pessoa, porque considera apenas esta existência.

Isso não significa naturalmente que devemos pensar que somos ruins por natureza, muito pelo contrário, somos em essência, seres divinos, filhos de Deus, centelhas divinas. É por isso que usei a palavra “erros”. Foram todos erros, uns leves, outros graves, outros quase imperdoáveis. Digo quase porque há de se encontrar o perdão. E o primeiro perdão é o autoperdão. Se você acha difícil compreender o que escrevo nesse post, permita-se abrir sua caixa de conhecimentos e procure se informar a respeito.

E por falar em imperdoável, me lembro de um filme de nome homônimo, Os Imperdoáveis, que mostra o sofrimento e a auto-condenação pelo sentimento de culpa e vergonha que um cowboy muito habilidoso sentia. Ele vivia em isolamento, mas para salvar um amigo retornou para a cidade e com isso retornou ao convívio com a sociedade e a brutalidade daqueles tempos. Por ser muito habilidoso com armas de fogo, ele mata todos os bandidos num único confronto. O filme mostra que ele se transformava numa pessoa muito fria quando bebia álcool, mas o que ficou gravado para mim foi a vida de muita culpa e vergonha pelas coisas que ele fez, tanto que é exatamente esse o título do filme.

Mas então, e se nós já fomos assim, percebe? Temos muito o que limpar.

Há uma técnica excelente para fazer essa limpeza que é o ho’oponopono. Mas isso é assunto para um outro post!

Vou deixar você com o vídeo que falei sobre o Princípio da Causa e Efeito, que falo bastante sobre o Carma, que ajuda a entender melhor sobre tudo o que plantamos e tudo o que teremos de colher, e principalmente, se podemos alterar isso.

Gratidão e espero que goste e lhe seja útil!

Namastê.